Museu Vicente de Azevedo: As ruas têm história - Avenida Teresa Cristina

01/02/2022

Exemplo de mulher virtuosa em seu tempo, Tereza Cristina de Bourbon, esposa de Dom Pedro II, nasceu em Nápoles, Itália, em 14 de março de 1822. Naquele mesmo ano seu sogro, o Imperador Pedro I, declarava a Independência do Brasil. Ela era sobrinha de Carlota Joaquina, avó de seu marido. Portanto, ela e Pedro II eram primos em segundo grau.

Tereza Cristina ficou conhecida na história como "Mãe dos brasileiros" e "a Imperatriz Silenciosa", pela sua dedicação à família, à educação e às obras de caridade.

Logo após a proclamação da República, a família real foi obrigada a exilar-se do Brasil. Tereza Cristina, que já estava há 46 anos no país, sofreu muito com a partida e acabou adoecendo gravemente no retorno à Europa. Ela faleceu poucos dias depois de chegar em terras portuguesas, no dia 28 de dezembro de 1889, com 67 anos. Foi enterrada no Panteão dos Bragança, perto de Lisboa, Portugal. Em 1939, seus restos mortais, junto aos de Dom Pedro II, foram repatriados para o Brasil e sepultados na Catedral de S. Pedro de Alcantara, em Petrópolis (RJ).


A família Imperial brasileira em Petrópolis, 1889.

Na foto original do Acervo do Museu Vicente de Azevedo, identificamos, da esquerda para a direita: Antônio Gastão de Orléans e Bragança, Gastão de Orléans - Conde d'Eu, Luís Maria Filipe de Orléans e Bragança, Isabel do Brasil (Princesa e Condessa d'Eu), Pedro de Alcântara de Orléans e Bragança, D. Pedro II, Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias (circulada) e Pedro Augusto de Saxe-Coburgo e Bragança (filho de Leopoldina de Bragança e Bourbon).

Curiosidade: A Imperatriz Teresa Cristina tinha uma paixão pela Arqueologia. Financiou pesquisas de sítios arqueológicos em suas terras na Itália e trouxe para o nosso país diversos itens vindos das cidades de Pompeia e Herculano. Ao todo, sua coleção incorporou ao Museu Histórico Nacional (RJ) cerca de 260 peças. Infelizmente o Museu sofreu um incêndio em 02 de setembro de 2018, e dentre os objetos perdidos estava parte dessa coleção de arqueologia clássica, que teve como mecenas a Imperatriz.

Oficialização da Avenida Teresa Cristina se deu pelo Ato 1.711, de 27 de janeiro de 1922.

Avenida Teresa Cristina

Esta e outras histórias estão preservadas no acervo do Museu Vicente de Azevedo da FUNSAI.

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Tel.: (11) 2215-6900

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