Zumbi, o grito forte dos Palmares!

04/11/2021
Zumbi dos Palmares, por Antônio Parreiras - Wikimedia Commons
Zumbi dos Palmares, por Antônio Parreiras - Wikimedia Commons

No dia 20 de novembro, no Brasil, celebramos o Dia da Consciência Negra. Você sabe porque essa data é lembrada?

20 de novembro está relacionada à morte do Rei Zumbi dos Palmares, último líder do Quilombo dos Palmares, situado nas antigas Capitanias Hereditárias entre Alagoas e Pernambuco, no período do Brasil Colonial.

O Quilombo dos Palmares, em meados do século XVII, tinha uma população de aproximadamente 30 mil habitantes, que trabalhavam coletivamente e representava um símbolo de proteção, luta e resistência à brutalidade ao sistema desumano escravocrata e ao regime colonial. Para a sociedade, os Quilombos acolhiam e cuidavam das pessoas negras que fugiam da perversidade da escravidão. Também os Quilombos representavam à inteligência, a estratégia, a identidade de um povo, ou seja, foi à força principal da revolução política antiescravista.

Segundo o site REDEASTA (2018): "o Quilombo era referência de produtividade, sustentabilidade e fartura. Sua economia era baseada na agricultura familiar. Produziam para consumo interno e geravam excedentes para comercialização com as fazendas da região. Por isso, a população de Palmares era símbolo de prosperidade e organização social. Isso gerou embates com os poderosos e o sistema econômico da época e o Quilombo foi destruído e sua população brutalmente dizimada."(www.redeasta.com.br)

Zumbi nasceu em Palmares, Alagoas, livre, no ano de 1655. Quando tinha aproximadamente seis anos, foi capturado e entregue a um missionário português. Aos 15, fugiu e retornou para a sua terra. Aos 20, tornou-se conhecido por ser um estrategista militar respeitável. Quinze anos após Zumbi ter assumido a liderança do Quilombo dos Palmares, o bandeirante paulista Domingos Jorge Velho foi chamado para organizar a invasão ao Quilombo. Em 20 de novembro de 1695, após uma sangrenta batalha contra o povo do Quilombo; Zumbi, seus guerreiros e guerreiras foram mortos. Ele teve a cabeça cortada e levada ao governador de Recife, e lá sua cabeça foi exposta em praça pública, com intuito de inibir novas formas de luta e resistência.

As vozes do povo do Quilombo dos Palmares e coam até hoje! A liberdade, justiça social, autonomia, sustentabilidade, respeito às diversidades, religião trabalho, estudo, arte, cultura e a cidadania, ideais construídos pelas mulheres e homens negros nos antigos Quilombos Brasileiros precisam ser garantidos, precisam ser ditos, precisam ser implantados!

Convidamos a vocês a conhecer o Museu Afro Brasil: este é um museu histórico, artístico e etnológico, voltado à pesquisa, conservação e exposição de objetos relacionados ao universo cultural do negro no Brasil, localizado no Parque Ibirapuera.

Museu Afro Brasil

Por: FUNSAI