ESCRITORA NIGERIANA CHIMAMANDA NGOZI

01/06/2023
Foto: Oliver Contreras
Foto: Oliver Contreras

POR: CAJ

A Literatura é um dos instrumentos de comunicação, pois transmite conhecimentos, ideias e a cultura de uma comunidade. Atualmente, um dos maiores nomes da literatura e que tem tido sucesso em atrair uma nova geração de leitores de literatura africana é a jovem nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie.

Para além da escrita de ficção, ela tem sido uma importante voz do feminismo e do debate de questões de relevância social, da cultura de seu país, realizando palestras e publicando manifestos em livros de não ficção. Ela diz que escolher escrever é rejeitar o silêncio.

Chimamanda conta que quando era criança, tudo que havia lido eram livros nos quais as personagens eram estrangeiras. "Eu me convenci de que os livros tinham de ser estrangeiros e sobre coisas com as quais eu não podia me identificar. As coisas mudaram quando eu descobri os livros africanos. Percebi que pessoas como eu, meninas com a pele da cor de chocolate, cujos cabelos crespos não podiam formar rabos-de-cavalo, também podiam existir na literatura. Comecei a escrever sobre coisas que eu reconhecia".

Suas obras já foram traduzidas para mais de 30 línguas e recebeu diversos prêmios.

Chimamanda nasceu no dia 15 de setembro de 1977 em Enugu (Nigéria). Destacou-se nas escolas que frequentou por sua dedicação e boas notas. Entrou na faculdade de medicina cursando por um ano e meio, porém não se sentia feliz. Então, aos 19 anos, decidiu despedir-se da Nigéria para estudar comunicação e sociologia nos Estados Unidos. Quando finalizou a graduação, ainda nos Estados Unidos, fez mestrado em escrita criativa e estudou História Africana. Atualmente, se divide entre os Estados Unidos e a Nigéria, onde leciona cursos de escrita criativa.

O primeiro livro publicado, aos 20 anos de idade, foi "Decisions" (1997), uma coletânea de poemas. Aos 21 anos, seria a vez de escrever uma peça teatral, "For The Love of Biafra", obra na qual abordou a guerra do Biafra. O livro "Meio Sol Amarelo" (2006), também sobre a guerra do Biafra, venceu o prêmio de ficção do Baileys Women's Prize de 2007 e o de "melhor dos melhores "da década do mesmo prêmio. Em 2013 o livro Meio Sol Amarelo foi adaptado para o bisco Roxo" (2011) e "Notas Sobre o Luto" (2021).

Seus discursos "O perigo de uma única história" e "Todos nós deveríamos ser feministas" já somam mais de 7 milhões de visualizações no YouTube. O primeiro já foi assistido em 46 línguas diferentes e o segundo virou livro com o título "Sejamos Todos Feministas".


Fonte: ebiografia.com/chimamanda