Jornalista Correspondente de Guerra

01/04/2022
Foto: Presslab
Foto: Presslab

"O jornalista que cobre os acontecimentos direto do front de uma zona de guerra é conhecido como: correspondente de guerra e é um dos ramos mais bem sucedidos do jornalismo!"

Trata-se de uma função onde os profissionais da imprensa (jornalista e câmeras), especializados em fazer coberturas de conflitos e/ou guerras, são enviados para as regiões onde ocorrem os "eventos" mais perigosos do mundo. Lá, apesar do perigo, eles procuram se aproximar dos locais de conflito para produzirem textos, imagens, áudios ou vídeos. Durante esse período a audiência nos canais jornalísticos de TV e os "clics" na internet crescem bastante!

Não são todos os conflitos que recebem uma cobertura mundial e extensiva, atualmente toda a mídia está focada em cobrir a invasão da Rússia a Ucrânia. Mas entre as ultimas coberturas estão a "Guerra de Kosovo", "Guerras do Golfo" e os conflitos internos da Síria, Líbia e Egito.

Devido à falta de infra-estrutura, dos gastos e dificuldades na cobertura e sem contar o fato de serem muito mais perigosos para os correspondentes, as guerras e conflitos do "terceiro mundo" não atraem grande interesse das agências de noticias.

Quem foi o primeiro correspondente de guerra?

O cargo de correspondente de guerra é mais antigo que o próprio jornalismo, era bastante comum antes de toda essa tecnologia da comunicação, que relatórios fossem escritos após o fim dos conflitos. O pioneiro na função foi Heródoto, que escreveu sobre as Guerras Médicas, e anos depois veio Tucídides que escreveu sobre a Guerra do Peloponeso.

No chamado jornalismo moderno, acredita-se que o pintor holandês Willem Van de Velde, foi o primeiro correspondente de guerra, em 1.653, quando ele saiu ao mar em um pequeno bote, para observar a batalha naval entre Holanda e Inglaterra, no qual ele desenhou esboços no próprio local, que, posteriormente, ele transformou em uma única grande pintura e adicionou no relato que escreveu para os Estados Gerais dos Países Baixos.

Um dos primeiros correspondentes de guerra profissionais foi o inglês Henry Robinson, que cobriu as Campanhas Napoleônicas na Espanha e na Alemanha para o jornal londrino "The Times". Outro nome bastante citado é do irlandês Willian Russel, tido por muitos como o primeiro correspondente de guerra moderno, devido ao seu trabalho na "Guerra da Crimeia", um conflito que se estendeu de 1.853 a 1.856, na península da Crimeia, ao sul da Ucrânia e da Rússia, e nos Bálcãs. A região da Crimeia, mais uma vez, é motivo da guerra que vem acontecendo atualmente entre russos e ucranianos.

7 de abril é comemorado o dia do jornalista

O Dia do Jornalista é comemorado no Brasil no dia 7 de abril, em homenagem a João Batista Líbero Badaró, médico e jornalista, brasileiro de origem italiana, que morreu assassinado por inimigos políticos, em São Paulo, no dia 7 de abril de 1830, durante uma passeata de estudantes em comemoração aos ideais libertários da Revolução Francesa.

A principal função do jornalista é informar. Isso é fato. Mas, em tempos em que as novas tecnologias ampliaram o acesso à informação, onde uma pessoa consegue consumir conteúdo na palma da mão, a forma de transmitir essas informações mudou.

Se antes o jornalista pautava, apurava e produzia sua matéria. Hoje, com a velocidade de informações circulando, tudo ficou mais corrido, prejudicando muitas vezes a qualidade da apuração de uma notícia.

Atualmente, podemos observar um fenômeno causado pelo surgimento das mídias sociais. Facebook, Youtube, Twitter, Instagram, entre tantas outras redes sociais possibilitaram a produção e a divulgação de conteúdo jornalístico por quem não é necessariamente jornalista. A informação é passada, mas muitas vezes sem a devida apuração ou sem respeitar critérios de noticiabilidade que norteiam a boa prática da profissão.

Alinhado a isso, as redações de jornais cobram do profissional a produção de materiais jornalísticos em larga escala, obrigando a acelerar e a pular etapas no processo de apuração.

Mas é importante que, em tempos em que todo mundo pode fazer jornalismo, o jornalista possua consciência da sua responsabilidade social. Ainda é (e sempre será) importante apurar os fatos, checar a notícia, ouvir mais de um lado na história e assim produzir um jornalismo de qualidade, alinhado com a velocidade que a redação exige.

Foto: Crédito/Lê Minh
Foto: Crédito/Lê Minh

O verdadeiro papel do jornalista é, e sempre será, informar, mas sempre com responsabilidade.

Profissional incansável, dinâmico, disposto, atento, inteligente, a serviço da notícia, da informação e dos fatos. Profissão diariamente trabalhada com dedicação, determinação, vontade, compromisso em cumprir com o papel devidamente pautado na ética, no trabalho árduo e diário e principalmente, pautado na responsabilidade com a notícia e com tudo aquilo que divulgar. O jornalista tem uma função social muito importante dentro da sociedade ou de uma comunidade, informa, promove a reflexão, a crítica e incita debates. Difundindo ideias, os fatos e informações com clareza, rapidez e precisão, a ponto de sintetizar em apenas uma frase tudo aquilo que quer falar. Por vezes denunciando, auxiliando a comunidade e assim, colaborando para uma sociedade mais justa e democrática. E dessa forma não podemos desconsiderar o seu importante papel, pois sem dúvida alguma, possui uma admirável influência sobre todos nós, seja agindo direta ou indiretamente.

Fonte: Prefeitura de Sapezal-MT / Infoescola / Hora da Facul

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