Repórter da Melhor Idade

01/06/2023

DIA INTERNACIONAL DA MULHER NEGRA, LATINO-AMERICANA E CARIBENHA

FOTO: VIVAVIDA - UNIDADE VI
FOTO: VIVAVIDA - UNIDADE VI

POR: VIVAVIDA

Berenice Guiomar Leite, usuária do Vivavida desde 2018.

Para Berenice o dia 25 de julho é muito importante porque simboliza a resistência das mulheres afro-latino-americanas e afro-caribenhas; é um dia que representa a luta das mulheres contra opressão de gênero, a exploração e o racismo. Foi instituída no primeiro encontro entre essas mulheres em 1992. No Brasil só em 2014 em homenagem a Teresa de Benguela, que ficou conhecido como o "Dia Nacional de Tereza de Benguela, Dia da Mulher Negra". Teresa de Banguela foi líder de um quilombo e se tornou símbolo da mulher negra e indígena no Brasil.

Imagem Reprodução: Tereza de Benguela
Imagem Reprodução: Tereza de Benguela

Segundo Berenice, as mulheres negras ainda precisam usar três verbos de uma forma particular: RESISTIR, CONSTRUIR E AVANÇAR; as nossas conquistas são mais difíceis porque tem um componente ainda muito forte de racismo na sociedade. Precisamos ter sempre em mente essas palavras e lutar para termos uma condição melhor de vida e mais oportunidades.

Ela nos diz que cor da pele é motivo de orgulho porque hoje somos resultado da luta dos que nos antecederam, dos esforços, da garra, das lágrimas, do suor, da vontade de construir um mundo melhor e é essa atônita que ainda nos da força para sermos exemplo para as novas gerações, em um caminho que é deles também, digo em questão de terem direitos e oportunidades como toda a sociedade.

Infelizmente a cor da pele ainda é motivo para exclusão e separação. Muitos ainda nos tratam como cidadãos de segunda classe, que ainda não teríamos direito de estar em algum lugar ou participar de alguma reunião ou direito a fazer parte de um determinado grupo. Ainda existem pessoas que pensam desta forma.Há momentos que isso fica em evidência e percebemos o momento em que o racismo ocorre efetivamente.

Temos exemplos de algumas mulheres negras que sobressaíram em suas lutas e conquistaram seus espaços. Podemos citar Carolina Maria de Jesus (escritora, compositora e poetisa), Zezé Mota (atriz e cantora) entre tantas outras, e muitas de todas as áreas profissionais que ainda estão lutando nessa caminhada. Temos muito a conquistar e deixar como legado para as novas gerações.

A cultura negra no Brasil é muito importante e não se restringe apenas na arte, música etc., mas nos mais variados espaços, principalmente no Carnaval.

Berenice concluiu a entrevista dizendo o quanto essa divulgação através do Leitura Feliz é reflexiva para quem tiver a oportunidade de ler, pode servir como alerta para os mais velhos e dar um novo olhar para os jovens, que possam estudar, pesquisar a história do Brasil que vai além de estereótipos.