SÉRIE DIÁLOGOS: JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO E JOAQUIM FLORIANO WANDERLEY
POR: MVA
Esta história conta como José Vicente de Azevedo ganhou de um sacerdote um grande lote de terras e com ele fez muitas obras, ajudando na manutenção do Asilo (atual Unidade 1 da FUNSAI) e colaborando para a criação do bairro do Sumaré.
Sabemos que Joaquim Floriano Wanderley (1821-1892) foi um padre jesuíta de origem pernambucana. Em meados do século XIX ele adquiriu uma grande gleba de terras na antiga sesmaria do Pacaembu, ocupando hoje áreas que correspondem aos bairros do Pacaembu, Sumaré e Higienópolis. A propriedade do padre Wanderley era chamada de "sítio Wanderley", ou "chácara Wanderley".
Com a morte do Padre Wanderley, por febre tifoide em março de 1892, procedeu-se à abertura do seu inventário. O padre havia deixado em testamento a maior parte de sua herança para os seus sobrinhos e reservou outra parte para fins de caridade. Ele havia deixado ao Asilo das Meninas Órfãs Desamparadas Nossa Senhora Auxiliadora do Ipiranga, um lote de terras denominado "Pacaembu de cima". O Asilo tinha sido criado por José Vicente de Azevedo e entraria em funcionamento quatro anos mais tarde, em 1896.
Com parte desses terrenos o Conde fundou no ano de 1899 o Cemitério do Santíssimo Sacramento, que foi o primeiro cemitério católico do período republicano da cidade.
No começo de 1931 José Vicente de Azevedo deu aos frades franceses da Terceira Ordem Regular de São Francisco um terreno no bairro que estava se formando, para que aí construíssem uma casa destinada às obras das vocações e de uma igreja dedicada a Nossa Senhora do Rosário de Fátima.
José Vicente esperou anos para vender o restante da área para uma empresa de loteamentos, que assim deu origem ao bairro do Sumaré.
Aproveite fique sabendo mais:
O legado do padre Joaquim Floriano Wanderley foi tão importante que ele foi declarado Grande Benfeitor da Fundação Nossa Senhora Auxiliadora do Ipiranga. (Artigo 8 de seu Estatuto).
Seu retrato fica no saguão de entrada da Unidade 1, em frente aos retratos do Conde e da Condessa, que foram os fundadores da FUNSAI .
Esta e outras histórias estão preservadas no acervo do Museu Vicente de Azevedo da FUNSAI.
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